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sexta-feira, 24 de junho de 2011

pequenas partes de algo maior..


Há momentos em que é preciso dizer adeus, meter os pés a caminho, deixar que este se manifeste diante de nós. Criamos magia nas entrelinhas, nos instantes em que os passos distintos se cruzam e os corpos dançam pela vida. Louvando a liberdade de escolher viver no outro lado, num mundo em que as regras do amor e da paz reinam. Aceitando o outro sem reservas ou julgamentos, lembrando que todos unidos poderemos ser mais, que assim somos mais fortes. A familia que escolhemos encontrar pelo Caminho, talvez apenas para celebrar a Vida.

* ..a todos os viajantes que se reúnem em nome da felicidade.. *

"Conhecer alguém aqui e ali que pensa e sente como nós, e que embora distante está perto em espírito, eis o que faz da Terra um jardim habitado."
 * Goethe

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Prece Celta



«Que jamais, em tempo algum, o teu coração acalente ódio.
Que o canto da maturidade jamais asfixie a tua criança interior.
Que o teu sorriso seja sempre verdadeiro.
Que as perdas do teu caminho sejam sempre encaradas como lições de vida.
Que a música seja a tua companhia nos momentos secretos de ti mesmo.
Que os teus momentos de amor contenham a magia da tua alma eterna em cada beijo.
Que os teus olhos sejam dois sóis olhando a luz da vida em cada amanhecer.
Que cada dia seja um recomeço, onde a tua alma dance na luz.
Que em cada passo que dês fiquem marcas luminosas da tua passagem em cada coração.
Que em cada amigo o teu coração leve alegria, que celebre o canto da amizade profunda que liga as almas.
Que nos teus momentos de solidão e cansaço, esteja sempre presente no teu coração a lembrança de que tudo passa e se transforma, quando a Alma é grande e generosa...»

domingo, 30 de janeiro de 2011

devaneios do caminho




Observo-te enquanto dormes.
As linhas do teu rosto, corpo de desejo colado ao meu.
Tento desvender o segredo do teu sonho,
neste instante em que te sinto tão próximo.
Mas acordo, e o perto se torna distante.
A tua alma caminhante deixa o meu coração irrequieto.
Por isso viro costas e sigo o meu caminho.

Seremos enlaçadores de mundos, de estrelas,
como o fomos em tantas outras noites...
mas num outro amanhã, talvez, numa outra vida.
Por hoje serei apenas caminhante errante.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

...


"Somente aquelas pessoas que conseguem ficar sozinhas são capazes de amar, de compartilhar, de penetrar no mais profundo âmago da outra pessoa - sem possuí-la, sem se tornar dependente dela, sem criar "o outro", reduzindo-o a uma coisa, e sem se viciar no outro.
Elas permitem ao outro total liberdade porque sabem que se ele se for embora, elas continuarão sendo tão felizes quanto são agora. A felicidade delas não pode ser tirada pelo outro porque não foi dada por ele."

..umas palavras que se cruzaram no meu caminho este dia..
Para um verdadeiro renascer da luz interior.

* brilhem

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Espíritos Livres


"Os espíritos livres reconhecem-se pelo olhar porque a luz que brilha nos seus olhos é a mesma que brilha nas estrelas, não resistem a mostrar aos outros as constelações dos céus e.. dançam juntos quando chega a luz da madrugada.
Um espírito livre olha nos olhos de um desconhecido, fala de amor à primeira vista, de almas gémeas, defende ideias que parecem ridículas, chora mágoas e decepções antigas, alegra-se com novas descobertas, diverte-se, brinca, é irreverente, faz perguntas inconvenientes, diz tolices, disfarça-se de louco quando sofre de lucidez e.. dança com os seus companheiros.
Já agiu muitas vezes incorrectamente, já traiu e mentiu muitas vezes, já trilhou caminhos que não eram os seus e perde-se, vezes sem conta, em labirintos até recuperar novamente o seu caminho, já disse sim quando queria dizer não, já feriu os que mas ama, já foi a festas e procurou a paz, a esperança e o amor na música, nos lugares, nos espaços, nos outros, nas drogas..
Um espírito livre cai nestes abismos muitas vezes, mas quando reúne as suas forças para sair, descobre que é dentro de si que encontra o amor, a paz, a luz.. então, vive a esperança de ser melhor do que é.. e dança enquanto caminha.
Senta-se num lugar tranquilo da floresta e procura não pensar em nada: descansa, contempla, presta atenção à sua respiração, ao voo do pássaro, ao aroma da flor e, conectando-se com a alma do Universo, anda suavemente, sente que participa na dança universal e.. flutua enquanto dança.
No caminho que livremente escolheu, sabe também que tem de lidar com gente que não presta atenção às pequenas coisas, que não sabe que tudo é uma coisa só, que cada acção nossa afecta todo o planeta, que cada pensamento nosso se estende muito para além da nossa vida, que cada minuto pode ser uma oportunidade para nos transformarmos, que estamos no mundo não para combater o mal ou condenar e julgar o outro e.. dança enquanto ama.
Mas porque é um peregrino, um caminhante em busca espiritual, um mendigo do amor, um espírito livre senta-se à roda da fogueira e dá as boas vindas aos estranhos. Usa a sua intuição e não desespera quando o acham louco ou a viver um mundo de fantasia. Não tem certezas, mas sabe que nem todos os caminhos são para todos os caminhantes e.. ensaia novos compassos de dança.
E segue em frente e faz pontes entre o céu e a terra, entre a vida profana e a espiritualidade a que se aspira, entre o visível e o invisível, entre o compreensível e o indizível e então, pouco a pouco, outros se aproximam, reúnem-se e iniciam o seu caminho à volta dos seus ritos, símbolos e mistérios.. e dançam à volta da fogueira.
Um espírito livre conhece o silêncio como a linguagem do indizível, do que não se explica, apenas se sente. Conhece também o poder das palavras e não é tagarela. Não quer parecer ser, ele simplesmente é."
*
*
um texto que me veio parar às mãos há uns anos..
Infelizmente de autor desconhecido (ou ainda por conhecer.)
P.L.U.R.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

palavras.. apenas palavras..




No desejo de me dar para ficar em ti confunde-me o medo de me dar inutilmente..
As tais verdades absurdas do momento, que só me levam a iludir-me com mentiras.
Por vezes tenho vontade de te dizer, com a voz carregada de certeza:
Desaprende o meu nome, o meu corpo. Preciso que me sintas livre para recomeçar um novo caminho..
Mas, mesmo sem to dizer, não o fazemos já todos os dias?
*
..as verdades que nos deixam um gosto amargo no ser..

domingo, 2 de maio de 2010

* Beltane


A Deusa vive em nós. E embora por vezes não possuamos esta consciência seremos sempre os seus instrumentos. Por vezes as suas armas, em tempos de guerra. Os seus lábios em tempos de amor.
Os batuques tocam ao longe. Acendem-se as fogueiras da purificação e celebra-se a Primavera do corpo. Ninguém sairá isento, começou a batalha orgiástica. E o corpo, este traidor que fala tão alto, transportando sensações e emoções que falam e arrastam langores tão fortes e mais altos que a razão. Líbido! Pecado original. Instinto promíscuo que transpira em nós, noite de desejo. Corpo com corpo. Pele com pele.. União transcendente e divina, que muitas vezes a razão chama de pecado mas que o coração apelida de encontro. E na chama da paixão encontramo-nos na união com o outro. Em cada gesto perdido a razão incerta de se atingir o auge da comunhão.
E a entrega acontece. Os corpos misturam-se, integram-se, fundem-se. Metade sensual, metade animal. Até que a chama faça eclodir a lava! Porque o corpo de uma mulher, guerreira ou sacerdotisa, é a casa do desejo. E as suas armas são um misto de perversidade incandescente e pureza que oferece ao ceder o seu corpo como guarida. E no seu corpo o refúgio.. A casa do desejo, do amor. É ali que se encontram os segredos do Universo, os mistérios que os homens anseiam por desvendar. Guerreiras. anciãs, meretrizes, virgens.. A Deusa revela-se em cada olhar, a luz do seu templo sagrado. Que desde que bem entregue é sempre explorado, bem alicerçado, levando em ondas de calor e pecado a sítios de dimensões unificadas. Calor da noite. Noites de luar, lua cheia, animal com cio à espera de ser encontrado.
Porque se o corpo fosse barreira em vez de ponte, não seria tão fulgurante o êxtase do momento em que Dois se tornam Um, regressando à forma primordial: andrógino celeste.
*
Metamorfose
texto escrito numa noite de Beltane, por três amigas: Deborah Silva, Emanuela Sousa, e Margarida Morais
*
Photo by Kyle Mackay

quinta-feira, 15 de abril de 2010

..desaprender..


"De súbito, tudo se torna autêntico e leve, quase transparente, apesar da opacidade que adivinha no silêncio.
Talvez para desaprender fosse necessário atravessar todas as formas de excesso, mastigar os cristais de alianças pretensiosamente eternas, deixar-se cair no espaço vazio das lentas convergências, onde as noites se transformam em galáxias subterrâneas, devoradoras, canibalescas, mortíferas, onde o corpo se desfaz e se renova na tensão de contínuas erecções, dólmen monolítico dos cumes propícios, santuário possível da união entre a beleza e a morte, como obscena conquista de si mesmo através dos caminhos da surpresa, ventre coroado de estrelas, no zénite da mais funda partilha.
Era essa a forma ideal de desaprender, de serenar, desarticulando os gestos conhecidos, os movimentos calculados, os sistemas artificiais onde os amantes procuravam sempre a sua parte de verdade. Reflexão elementar."
*
Maria Graciete Besse
Incandescências
*
*
Terei de descobrir em mim uma nova forma de te amar.
Esquecendo medos.
Louvando a liberdade em nós.
Em cada despedida descubro sempre uma nova estrela no meu ser.
Serás tu que as escondes a cada noite que habitas em mim..?
Talvez tenhamos de desaprender os gestos de amor.
Recomeçar a cada movimento, a cada carícia.
Encontrar a unificação do Ser.

quarta-feira, 31 de março de 2010

* estrelas *


Deixaste as tuas estrelas em mim, e elas agora anseiam por renascer.. Renascer, largar o seu conforto, romper o ventre do meu templo. Buscando de novo o seu lugar no céu. Terei de me libertar das tuas estrelas. Guardarei apenas uma, a do meu amor por ti. Essa estará sempre presente. Mas guardarei essa estrela num lugar escondido da minha memória, até eu me esquecer da sua existência, até que a sua essência se dilua nas minhas veias, totalmente. E nesse momento também eu serei parte dos teus céus.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Dá-me-te

"Aquece-me o peito nesta tarde. Não deixes que eu sinta frio. Desaprende o meu nome e o meu cheiro e mexe-me como se fosse outra pessoa. Desliga em nós o sentir das horas; ora correm depressa, ora se esquecem que somos ansiosos e demoram-se.
Nesta tarde não deixes que eu fale. Oferece-nos somente a deliciosa liberdade de sentir. As palavras trazem passados que não cabem na dimensão dos nossos sonhos. Essencialmente nunca te esqueças de ti própria, e comanda os movimentos, os teus e os meus, sempre, nessa sombra densa de seres. Nunca te esqueças; não digas o meu nome. Dá-me-te.
Se não quiseres sentir a chegada da noite, quase sempre inesperada, fecha já a janela e acende uma luz, bem distanciada de nós. Os rostos, ao tocarem-se pelo olhar, poderão regressar anos imensos. Não será bem isso que desejamos. Não será um passado nem um futuro. O ontem e o amanhã pouca diferença fazem entre si. Ao longo dos dias teimamos sempre conhecê-los, quando mais não fazemos, afinal, que confundi-los. É sempre assim e tu bem o sabes, possivelmente mais que ninguém, a partir do momento em que estás comigo. Por vezes pergunto-me porquê. O malabarismo de sonhos leva anos a ser aprendido. Talvez seja a sensação de desequilíbrio que te alicia. Talvez te tire do sério a inesperada controvérsia de sentires, apesar do teu rosto de olhar molhado denunciar-te a todo o momento. O teu corpo estremece à minima tentativa de inverter as coisas. Mas nesta tarde és tu que comandas. Não deixarás que esse Êxtase acabe ou que diminua de intensidade. Farás tudo para o manter. Unhas e dentes cerrados. Eu sei que serás sempre assim.
(...)
Não percas a incandescência clandestina do desconhecido. O brilho do teu olhar começa a ser invadido por esse tremor, ora de receio ora de fascínio. Afinal, fazemos de conta de que é a primeira vez. Não se trata de um fingimento. Pelo menos não vejo como tal. Talvez uma procura do que nunca soubemos ser um para o outro. Mas chega, pois estaria a falar de um passado. Prefiro realmente imaginar que não nos conhecemos.
(...)
Pega nesses copos e enche-los de vinho. Sempre tinto. Da cor do sangue. O álcool é um espelho que nos reflecte o interior. Desaprende a encadeada inércia e explode nas veias como droga. Há anos que não faço outra coisa. Existe um prazer secreto na debilitação dos corpos. Ninguém o comenta, mas todos o fazem. Calma, não o bebas de uma só vez. Ingere-o com sedução, com goles calmos e curtos. Terás que senti-lo descer até às entranhas e aquecer-te o ventre e o peito. Ao mesmo tempo esquece-te de ti e sente o que tenho para te dizer."

Fernando Dinis
Dá-me-te




Espero-te, com a incerteza a moldar-me os gestos.. Tento inventar estratagemas para me esquecer de ti, antes de me lembrar sequer.
Não consigo evitar a tua importância no meu ser. Por vezes basta apareceres para tudo ter um novo sentido. Por vezes basta a tua presença para ignorar o sentido do meu caminho.
Tudo deveria ser sempre como a primeira vez. Quando nos entregamos com a inocência de quem tudo quer descobrir: um novo corpo, um novo prolongamento do ser.
Mas poderão dois seres, já sendo, resistir ao chamado do desejo? Mesmo quando existem passados de mágoas, palavras que desejamos esquecer, sonhos por cumprir..

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Renascer das Cinzas


Hoje foi um bom dia.
O sentir-me grata pela vida, pelos instrumentos que o Universo me oferece, para deste modo continuar a missão.
Que este seja o sinal de um recomeço.
Deixar fluir a energia que anseia por vibrar na sua essência mais pura.
Caminhante errante, talvez.
Mas por vezes são os erros que me fazem brilhar.
O caos interior que dá lugar à estrelkdanza.


"Lá em cima surgem as estrelas e a sua luz não chega.
É tudo demasiado pequeno para o nosso desejo,
e nós abandonamo-nos à onda."

José Fer

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Lua Azul



É necessário libertarmo-nos da dita dor que o medo nos causa.
É uma dor imensa, que não se sente, mas que nos prende nas suas teias.
Torna-nos imóveis perante o que nos acontece nesta vida.
É urgente vencer os medos.
Arranjar a coragem suficiente para se ser verdadeiramente livre.
As badaladas soaram, o ano começou.
A chuva chegou para nos lembrar, talvez purificar.

* 1 de Janeiro de 2010 *

ANANDA VANII « Mensagem da Bem- Aventurança»

"Devem-se lembrar que nenhum trabalho grandioso pode ser realizado nesta Terra através de elogios. Para realizar qualquer tarefa nobre são necessários requisitos tais como: coragem, competência e máximo comprometimento. A vitória certamente será vossa. Em nenhuma circunstância devem-se preocupar com a vitória.

Vieram a esta Terra para realizar uma tarefa nobre; mantenham-se a trabalhar continuamente até alcançarem a vossa meta individual. E no final desse esforço, estão destinados a alcançar a vossa meta espiritual e a estabelecerem-se na Bem-aventurança Cósmica para toda a eternidade."

Shrii Shrii A’nandamurtiji