11.
Apaga-me este medo
nesta cegueira profunda
que me prende a respiração,
onde nestes momentos
o respirar tropeça pelo infinito
de mim
que já não sei quem sou.
Abraça-me, forte
onde a ternura inventa as janelas
de um ar rarefeito
correndo veloz numa estranheza
de desejo
e que no alto do sonho
me devolva quietude.
Mata em mim este medo, amor
que me confesso distante, assim
sem um pedaço de terra firme
onde aterre a fobia de te ser
e de te pertencer.
Fernando Dinis
Dá-me-te
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